A
contribuição das tecnologias de monitoramento remoto para
a promoção da Qualidade ambiental foi o tema central do
2º encontro do Ciclo de Debates "Repensando o desenvolvimento
sustentável do Rio Grande do Sul frente às ferramentas de
trabalho do Século XXI". A atividade foi realizada na última
quarta-feira (24/09) através de uma parceria da Associação
Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental seção
Rio Grande do Sul (Abes-RS) com a Fundação Getúlio
Vargas/Faculdade Decision.
O assessor técnico da Metroplan, Marcelo Rocha da Silva, fez uma
rápida explanação sobre diferentes tecnologias disponíveis
no Brasil para o monitoramento remoto de deslocamentos de cargas, movimentos
da fauna, condições meteorológicas e hidrológicas,
alterações na qualidade dos recursos hídricos e outras
variáveis que tradicionalmente exigiam o envolvimento de diferentes
profissionais e a mobilização de recursos técnicos
e financeiros. Aliada às tecnologias de monitoramento, a internet
representa uma revolução nas possibilidades de disseminação
do conhecimento e de envolvimento da sociedade no monitoramento ambiental,
com uso de redes sociais e aplicativos diversos.
A técnica da Divisão de Mineração da Fepam,
Bibiane Lengler Michaelsen, apresentou a experiência do órgão
com o monitoramento das dragas de mineração de areia. Foi
enfatizado que este é um projeto pioneiro no Brasil e que vem dando
bons resultados no disciplinamento da atividade. Pelo sistema, as dragas
podem atuar em uma área e horários pré definidos.
Ao sair da área estabelecida, a bomba é desligada e um sinal
de alerta é emitido. As informações estão
disponíveis para o público interessado no site da Fepam.
A bióloga Lisiane Hahn apresentou casos práticos de utilização
da telemetria para o monitoramento de peixes. Destacou que embora a técnica
ofereça possibilidades ilimitadas para o monitoramento ambiental,
é fundamental o desenvolvimento de pesquisas básicas que
garantam a determinação de parâmetros de análise
e avaliação para determinar o real impacto de hidroelétricas
e outros projetos sobre a fauna de uma região, por exemplo.
Apesar do consenso sobre o avanço do Brasil na utilização
destas técnicas na última década, foi ressaltado
que a pesada carga tributária e os entraves burocráticos
para a importação de equipamentos imprimem um ritmo lento
para a incorporação da tecnologia.
O Ciclo é aberto ao público e ainda prevê dois novos
encontros em 2014. |
Informações
para a Imprensa:
Sobre a Associação
Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental
A ABES é uma organização não governamental,
fundada em 1966, com o objetivo de desenvolver e aperfeiçoar as
atividades relacionadas com a Engenharia Sanitária e Meio Ambiente,
e fomentar a consciência social e as ações que atendam
às demandas de conservação e melhoria do meio ambiente
e da qualidade de vida da sociedade brasileira. Dispõe de uma sede
nacional localizada no Rio de Janeiro com representação
nas 27 Unidades da Federação através de suas Seccionais
e Sub-Seccionais. A seção estadual do Rio Grande do Sul
conta com a presidência de Darci Barnech Campani. |