As ações
de saneamento são consideradas indispensáveis para a saúde,
prevenção e controle de doenças. A balneabilidade
dos rios e mares é prejudicada, devido às atividades humanas
sem controle, os despejos de esgotos sem tratamento, vazamentos de produtos
tóxicos e a disposição inadequada de resíduos
sólidos. A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária
e Ambiental - Seção Rio Grande do Sul (ABES-RS), alerta
sobre a importância de implantar rapidamente os planos de saneamento
municipais e o estadual, com a intenção de desenvolver instrumentos
para a promoção da saúde, prevenção
e controle de doenças. Durante o verão, a necessidade das
comunidades de usar as áreas de banho é prejudicada pela
falta de planejamento.
- Os investimentos para a implantação de tratamentos preventivos,
que reduzem os riscos à saúde pública, ao meio ambiente
e até a economia e imagem da região, são sempre menores
que os necessários para a despoluição de um local
afetado. Não queremos afastar a população dos rios.
Queremos que elas se aproximem dessas áreas e ajudem a cobrar de
seus governantes uma política que previna riscos em longo prazo
- aponta o presidente da ABES-RS, Darci Campani.
O trabalho do Projeto Balneabilidade, realizado pela Fundação
Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), que iniciou no dia
12 de janeiro, tem o objetivo de monitorar balneários através
de coletas semanais para análise, nos dias de maior movimento de
veranistas. Com a intenção de alertar o público,
a Fepam disponibiliza placas de sinalização, que indicam
as condições. As placas são posicionadas em frente
aos pontos onde foram coletadas amostras da água.
O contato direto e prolongado com o ambiente, através de atividades
de natação, mergulho e esportes, favorece a ingestão
de grandes quantidades de água. A contaminação fecal
pode ocasionar riscos de doenças, decorrentes da presença
de bactérias, vírus e protozoários. Por isso, é
indispensável prestar a atenção nos sinais de alerta.
- É indispensável respeitar as áreas de banho. Porém,
precisamos mudar esta realidade. Este é um problema sério
a ser combatido no Brasil inteiro. O esgoto lançado a céu
aberto já compromete inclusive o solo e as águas superficiais
- explica Campani.
Para obter saúde ambiental, ressalta o presidente da ABES-RS, é
necessário que a comunidade, juntamente com os setores competentes,
abandone a postura reativa, que só enfrenta o problema quando ele
se evidencia em todos os verões. Fazem-se imprescindíveis
as estratégias ambientais preventivas, que buscam soluções
inteligentes e integradas para os esgotos, resíduos sólidos
e água, preservando a sustentabilidade dos recursos naturais e
a qualidade de vida.
Critérios objetivos foram estabelecidos para avaliar a balneabilidade.
De acordo com a Resolução CONAMA 274, de 2000, as águas
impróprias para banho são as que apresentam acima de 1.000
coliformes fecais por 100 ml de água, em no mínimo 40% das
amostras realizadas. Quando o valor obtido na última amostragem
for superior a 2.500 coliformes fecais, o local também deve ser
interditado. |