O
reflexo das emissões de poluentes nas regiões metropolitanas
através de veículos em nosso meio ambiente é tema
de estudo de diversos pesquisadores na busca de resoluções
para este problema. O assunto tem atraído atenção
de profissionais da engenharia em busca de qualificação.
Com isto em mente, a Associação Brasileira de Engenharia
Sanitária e Ambiental Seção RS (Abes-RS) em parceria
com o Sindicato dos Engenheiros do RS (Senge-RS) levam o tema para o "Ciclo
de Palestras - Saneamento e Ambiente: encontros da engenharia" que
aconteceu na quinta-feira (21/08).
O evento contou com a mestre em ciências atmosféricas pela
Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Ludmila P. d Souza. Ela apresentou
a pesquisa feita na UFPEL sobre como a poluição gerada em
Porto Alegre pelos veículos é distribuída para região
metropolitana através de ciclos do ar.
- Com alta formação do ozônio em Porto Alegre, principalmente
em dias de céu claro, os poluentes são transportados para
a região metropolitana e interior do Estado através dos
sistemas de circulação atmosférica - explica Souza.
Ela defende que faltam equipamentos e disponibilidade de dados para continuidade
de pesquisas na área. Ressalta a prioridade deste investimento
e apresenta dados que mostram que dois milhões de pessoas morrem
devido à má qualidade do ar por ano no mundo.
Para a engenheira química e analista ambiental da FEPAM, Sabrina
Feltes, é importante a participação política
do governo do Rio Grane do Sul nas questões ligadas à qualidade
do ar e à inspeção veicular. Feltes fez parte da
equipe técnica que elaborou o Plano de Controle da Poluição
Veicular do RS/2010. Ela explica que a Fepam tem atribuição
de exercer fiscalização, aplicar penalidades e oferecer
planos para melhora da qualidade do ar, mas o governo tem a obrigação
de cuidar e manter a qualidade.
- A Fepam tem problemas para manutenção nas estações
de tratamento devido à falta de recursos oriundos do Estado. Para
equacionar o problema, fechamos parcerias para termos estruturas e dados
mais válidos para pesquisas e planejamento de ações
- conta.
Através destas parcerias existe o Plano de Controle de Poluição
Veicular do RS (PCPV/RS) que engloba uma série de medidas que visa
reduzir a poluição atmosférica e os ruídos
produzidos pelos veículos que circulam no trânsito das cidades.
Segundo Feltes a fiscalização veicular é um dos principais
itens deste planejamento.
A fiscalização veicular também é o viés
indicado como solução para melhora da qualidade ambiental
pelo diretor técnico do Detran/RS, Ildo Mário Szinvki. Ele
defende a diminuição dos poluentes pelo conhecimento das
leis por parte da população.
- A questão primordial é a educação. A população
deve conhecer a legislação da Inspeção Ambiental
nos veículos automotores que inclui emissão de gases poluentes
e de ruído - defende.
Para fechar o ciclo de palestras, o coordenador de Novos Negócios
e Tecnologias da SulGás, Charles de Souza Netto, explicou como
o Biometano pode se tornar solução sustentável no
lugar do combustível tradicional derivado do petróleo. A
tecnologia é desenvolvida pela Sulgás e está aguardando
regulação da Agência Nacional do Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
- o Biometano, por ser um gás natural extremamente puro, é
possível de ser usado nos atuais carros com motores que utilizam
gás como combustível - explica.
O desenvolvimento do Biometano é feito através da Gasoduto
Brasil-Bolívia e tratado em planta desenvolvida pela empresa. Além
disto os resíduos orgânicos também podem ser processados
para gerar o combustível.
Durante a Copa do Mundo um caminhão movido por Biometano foi utilizado
para conscientização da população sobre o
descarte de resíduos orgânicos. O caminhão esteve
presente no Parque Harmonia recolhendo os resíduos que eram transformados
em gás para o caminhão continuar ativo.
- Caso o caminhão não recolhesse os resíduos, o descarte
iria para o aterro e o metano iria para atmosfera - explica Netto.
O Ciclo de Palestras - Saneamento e Ambiente: encontros da engenharia
busca qualificar profissionais em assuntos ligados à qualidade
de vida das pessoas. Conforme o coordenador do evento e 2° Tesoureiro
da Abes-RS, Paulo Robinson da Silva Samuel, o evento é importante
pela capacitação dos engenheiros e demais profissionais
envolvidos no processo ambiental. Outras informações sobre
o assunto e sobre o ciclo de palestras podem ser obtidas através
do site www.abes-rs.org.br
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Mauro Plastina
Palestrante falou sobre
a qualidade do ar em regiões metropolitanas
Mauro Plastina
Abes-RS e Senge-RS promoveram
palestra sobre a qualidade do ar
Mauro Plastina
Presidente da Abes-RS,
Darci Campani participa de palestra
Mauro Plastina
Qualidade do ar foi tema de encontro |
Informações
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Sobre a Associação
Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental
A ABES é uma organização não governamental,
fundada em 1966, com o objetivo de desenvolver e aperfeiçoar as
atividades relacionadas com a Engenharia Sanitária e Meio Ambiente,
e fomentar a consciência social e as ações que atendam
às demandas de conservação e melhoria do meio ambiente
e da qualidade de vida da sociedade brasileira. Dispõe de uma sede
nacional localizada no Rio de Janeiro com representação
nas 27 Unidades da Federação através de suas Seccionais
e Sub-Seccionais. A seção estadual do Rio Grande do Sul
conta com a presidência de Darci Barnech Campani. |