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Estruturas contra cheias precisam ser melhoradas para amenizar efeitos da chuva

12/08/2015 | ABES-RS

Engenheiro da Abes-RS, Sidnei Agra, destaca a importância de evitar a repetição dos fatos lamentáveis que marcaram a Região Metropolitana em julho

As fortes chuvas que assolaram municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre, como Esteio, Alvorada e a própria capital, na segunda quinzena de julho, trouxeram sérios problemas que podem se repetir no caso de nova incidência de precipitações nos próximos dias. O coordenador da Câmara Técnica de Recursos Hídricos e diretor da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - Seção Rio Grande do Sul (Abes-RS), engenheiro Sidnei Gusmão Agra, alerta para a necessidade da melhoria das estruturas contra cheias, fato que pode amenizar os efeitos de grandes volumes de chuvas nestes municípios.

De acordo com Sidnei Agra, para evitar que cidades como Esteio, Alvorada e Porto Alegre fiquem alagadas, é preciso avaliar cada caso. Segundo ele, existem dois tipos básicos de cheias, aquelas que ocorrem com a subidas dos rios e aquelas devido à dificuldade do escoamento, principalmente em áreas urbanas.

- No caso de Alvorada, na divisa com Porto Alegre, o problema é o arroio Feijó, que sofre efeito do rio Gravataí. A situação se agrava, porque há um dique de proteção ao do lado da capital, o que piora o efeito da cheia no lado de Alvorada. Por isso, há uma disputa entre os municípios, o que leva a abertura do dique de Porto Alegre, causando problemas na avenida Assis Brasil e, às vezes, em boa parte do bairro Sarandi. Já em Esteio, temos uma situação parecida com o Arroio Sapucaia e o Rio dos Sinos. A questão é que, aparentemente, após a realização de algumas obras rodoviárias, a situação das cheias se agravou, tornando-as mais frequentes ou mais intensas - ressalta Agra.

Para o diretor da Abes-RS, nos dois casos, as soluções passam por estudar bem o problema, para projetar a sua correta resolução. Na sua opinião, a opção por diques parece ser a mais interessante. Em Alvorada, por já existir o dique em Porto Alegre, não resta muita opção. Em Esteio, a BR448 está preparada para funcionar como dique, necessitando, apenas, que sejam fechadas as passagens nas pontes e bueiros, conforme previsto no projeto. Agra lembra que a Metroplan desenvolve estudos para controle das cheias nas bacias dos rios do Sinos e Gravataí, o que poderá trazer benefícios para as duas cidades.

Na avaliação de Agra, é preciso implementar as soluções de drenagem nas cidades mais atingidas pelos alagamentos causados por volumes expressivos de chuva.

- Mesmo que o início de agosto seja marcado por intenso calor, é possível que tenhamos mais precipitações ocorrendo nos próximos dias. E elas podem ser fortes. Então, impedir que os tristes fatos ocorridos em julho voltem a se repetir é uma obrigação das instituições que cuidam do tema no estado e nos municípios atingidos.

É provável que a segunda quinzena de agosto e a primeira de setembro tragam mais chuvas para o Rio Grande do Sul, embora em volumes não tão expressivos como os registrados em julho passado.

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